17/10/2013 - Piracicaba - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba
Piracicaba está em clima de festa com o aniversário de 40 anos do Salão Internacional de Humor, considerado um dos maiores e mais antigos eventosdo gênero no mundo. O público tem apenas até o próximo domingo (20) para percorrer o Parque do Engenho Central e conferir os 442 trabalhos selecionados para a histórica edição e outras 15 mostras paralelas. A programação é gratuita.
Uma travessura heroica no ápice do regime militar, o Salão de Humor foi criado em 1974 por jornalistas e intelectuais de Piracicaba. Em 2013, 966 artistas gráficos de 64 países apresentam 142 cartuns, 97 caricaturas, 74 charges, 73 tiras/HQs e 53 com o tema futebol. Há ainda obras selecionadas para o Prêmio Saúde Unimed. Esta é a maior mostra na história do evento.
A realização é da Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac) e do Centro Nacional de Humor Gráfico (CEDHU Piracicaba). “O Salão de Piracicaba representa diferentes povos, culturas e costumes. A arte inteligente dos cartunistas continua a denunciar as atrocidades humanas e nos faz refletir sobre valores essenciais ao homem moderno, o respeito ao próximo e a necessária mudança de comportamento social”, afirma Rosângela Camolese, secretária da Ação Cultural.
O público que visitar o Engenho Central poderá se divertir as caricaturas da presidente Dilma Rousseff, do atacante Neymar, do lutador de UFC Anderson Silva e de artistas como Dominguinhos, Noel Rosa, Caetano Veloso e Clodovil Hernandes. As charges abordam o uso das novas tecnologias, os protestos políticos e assuntos internacionais. Problemas sobre sexualidade, religião e liberdade de imprensa também são recorrentes.
As outras 13 exposições paralelas – divididas entre os Armazéns 9 e 14 – são assinadas pelos artistas brasileiros Paulo e Chico Caruso, Baptistão, Rodrigo Rosa, Miguel Paiva, Santiago, Jota A, Spacca, Luiz Gê, Cau Gomez, Gustavo Duarte, Mário Alberto, Fausto Bergocce, Luciano Veronezi, Pelicano e Dalcio Machado. Há ainda obras de cartunistas da Ucrânia, México, Bélgica e Espanha.
A programação inclui o 11º Salãozinho de Humor, com 232 obras de estudantes de sete a 14 anos, selecionados entre as 2.514 inscritas. A versão mirim fica no Armazém Eugênio Nardin (14A) é organizada em parceria com a CCR AutoBAn, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Secretaria Municipal de Educação.
Na sede do CEDHU Piracicaba (Centro Nacional de Humor Gráfico), Três Lápis para Desenhar o Mundo reúne obras de Marlene Pohle, argentina radicada na Alemanha, o francês Carlos Brito e o português António Moreira Antunes.
HUMOR CRÍTICO – Presidente da 40ª edição, o publicitário e jornalista Carlos Colonnese é também um dos fundadores do Salão de Humor. Com nostalgia, ele se recorda da primeira mostra, que teve presenças ilustres da turma de O Pasquim: Millôr, Zélio, Ziraldo, Fortuna, Jaguar e o Alcy. “É incrível o carinho e o respeito que todos têm por Piracicaba. Ao longo destes 40 anos, artistas e entusiastas do humor gráfico trabalharam de forma abnegada para que o Salão de Humor chegasse onde chegou.”
O cartunista Zélio Alves Pinto, que hoje dá nome ao principal prêmio do Salão, o Troféu Zélio de Ouro, diz que as raízes originais do evento se inclinam mais para a comédia sutil e refinada, do sorriso, da provocação e da reflexão. “Convém lembrar que o Salão surgiu através do uso da metáfora a se contrapor a truculência de um regime ditatorial, onde a sutileza do humor se impunha ao pulso cerrado da autocracia. O palavrão e a piada chula, por exemplo, são ferramentas que não cabem confortavelmente em nossos parâmetros conceituais”, destaca.
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