28/9/2012 - Piracicaba - SP
da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
A rua 13 do Loteamento Vem Viver Piracicaba I passará a homenagear o piracicabano e músico André Libardi de Souza, com a aprovação do Projeto de Lei 242, de 2012, de autoria do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), que ocorreu na reunião ordinária desta quinta-feira à noite, dia 27. A propositura eterniza a memória do jovem que cruzou o Oceano realizando o sonho de cantar.
Nascido em 13 de agosto de 1978, André era filho de Marisa Eliste Libardi e Vivaldo de Souza Oliveira, e tinha os irmãos Gabriel, Denise e Miguel. Estudou no Colégio Adventista (Ensino Fundamental) e Anglo Piracicaba (Ensino Médio). Em 1996, passou em concurso e chegou a trabalhar na Secretaria Municipal de Ação Cultural, mas exonerou-se meses depois. Aos 22 anos, mudou-se a São Paulo para cursar Comércio Exterior e dedicar-se à música. Poliglota – falava inglês, italiano, espanhol e francês –, em 2000, foi admitido como estagiário no escritório da empresa Votorantim e, à noite, dedicava-se aos shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. “O temperamento agitado e livre o levou a demitir-se, seu sonho era viver pela música e da música, queria conhecer o mundo”, dizia o jovem de voz forte, intérprete de jazze blues. O seu sonho estava sendo trilhado. Foi o primeiro brasileiro a gravar pelo selo Purple Zebra Music, de Londres (Inglaterra), em 2006, e a música “Just Another Day” teve videoclipe tendo como locação a Avenida Paulista, em São Paulo. A partir desta gravação, André assumiu o nome do bisavô e passou a se apresentar como Leopoldo Andrea Libardi, gravando discos com músicas próprias, o que lhe rendeu turnês para países como Cuba, Chile e Argentina. Em 2008, a persistência de André foi recompensa e o sonho de viver da música e conhecer o mundo se concretizou. Vocalista da banda Aquarela, atuava a bordo do navio Happy Dophin na rota do Mediterrâneo, e assim pode conhecer parte do mundo que lhe fascinava. Desde então, passou a viver a em Madrid, capital espanhola. Em 2009, deixou a rota do navio para fixar moradia em Veneza, na Itália. Viajou pela Grécia, Croácia, Líbano, Ilhas Cayman, França e Turquia. Além da atuação artística, André tinha um grande coração. Enquanto a carreira musical decolava em terras européias, ele também integrou-se à Ajuda Humanitária Internacional e auxiliou nos envios de doações às crianças pobres da Turquia e Croácia. Apaixonou-se por Veneza e dizia que um dia voltaria para Piracicaba, mas queria que uma parte dele ficasse na Itália de seus antepassados. Com a vida agitada, André esqueceu-se de cuidar da saúde, sobretudo de problemas decorrentes da bulimia, a qual ele negava, mas que gerava preocupação entre os seus familiares, principalmente à sua mãe. Em agosto de 2011, decidiu que voltaria para Piracicaba e realizaria tratamentos, mas adiou a volta por precisaria cumprir agenda de shows. No final de outubro, após internações no hospital em Veneza, faleceu no dia 29. Amigos de todas as partes do mundo se solidarizam com a família de André. No dia seguinte ao seu falecimento, em 30 de outubro, a rádio FM de Madri executou duas músicas em homenagem ao piracicabano. O mesmo aconteceu na abertura de uma peça teatral em Santiago (Chile). Foram centenas de manifestações recebidas. Todos que tiveram o prazer de conviver com ele tinham uma argumentação: André partiu feliz, pois teve coragem de viver o seu sonho. Atendendo ao seu pedido, a mãe dividiu suas cinzas entre o rio Piracicaba e o mar de Veneza.
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