7/3/2013 - Piracicaba - SP
da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
Um bom público prestigiou, nesta quarta-feira (6), a primeira noite da exposição de fotos sobre o Dia Internacional da Mulher, na sede do Sindicato dos Bancários, no Centro. A mostra, que vai até o próximo dia 29, integra a Semana da Mulher, série de eventos promovidos pelo vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) para celebrar o 8 de Março.
As 20 fotos que compõem a exposição estão distribuídas pelas salas e corredores do prédio localizado no número 549 da rua XV de Novembro. Além de atrair dezenas de pessoas, a abertura da mostra ––a 112ª da programação mensal de atividades culturais organizada pelo Sindban–– também contou com a presença das quatro fotógrafas responsáveis pelos cliques.
Por dois meses, Alice Camejo, 25, Giovanna Fischer, 27, Maria Helena Melo Braz, 32, e Sarah Vitti, 21, dedicaram-se a captar flagrantes de mulheres em diferentes ocupações e momentos do dia a dia. A ideia de reunir as quatro amigas, que concluíram recentemente o curso superior de Tecnologia em Fotografia pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), surgiu após Giovanna, que é filha de bancários, buscar o apoio do sindicato para a realização de uma mostra universitária, no ano passado. A parceria resultou no convite, em dezembro, para a organização da exposição para a Semana da Mulher.
"E, como todas as fotógrafas são mulheres, achamos importante que elas apresentassem o olhar da mulher para a mulher nessa Semana", explicou Paiva. O vereador, que também é presidente do Sindban, ressaltou que "os sindicatos, hoje, não podem ser somente um gueto para discutir a questão do salário". "Esse diálogo com a arte ––manifesta das mais diferentes formas––, além de elevar a autoestima, constrói um processo de cidadania diferenciado", analisou o parlamentar.
As 20 fotos da mostra trazem desde uma senhora se maquiando em frente ao espelho até uma mãe cuidando simultaneamente de seus quatro filhos pequenos (entre eles, trigêmeos). Também estão nas imagens a feirante sorrindo atrás de dois pés de alface, a Dalva do carrinho de lanches da praça e as meninas do serviço de mototáxi exclusivamente feminino.
"Eu tentei ver as mulheres que têm garra, saem de casa e têm trabalhos diferentes, como a policial, a que cuida da horta. E também a grávida, para mostrar a força da mulher que, além de buscar seu espaço, ainda gera o filho na barriga", comentou Giovanna. "Antigamente, a mulher era só para ter filhos e cuidar da casa. Hoje, abriram-se esses espaços que a mulher encontra em todas as profissões", completou. Ao clicar trabalhadoras em atividades tão distintas quanto uma pintora, uma advogada e uma funcionária pública, Alice buscou retratar "a felicidade que a mulher tem em tudo o que faz". "A mulher hoje tem que trabalhar, ser dona de casa, ser mãe. Tem que fazer tudo, e faz isso de um jeito leve, suave. E todas as mulheres que eu fotografei são assim: felizes, que curtem o que fazem e vivem a vida de uma forma bem tranquila." Já entre as fotos tiradas por Maria Helena e Sarah está retratada a experiência de ser mãe. "Gostei bastante de ter captado a mãe com os quatro filhos, pois, apesar do que acontecia naquele instante, uma situação meio tensa, em que um deles estava chorando, ela conseguiu brincar com as crianças, dar risada. Então, por mais que seja difícil esse momento, de criar tantos filhos, eu vi a felicidade dela ali", comentou Sarah. "Fiz as fotos da bebezinha de uma amiga", contou Maria Helena, ao relembrar que o humor variável da criança, com somente 17 dias de vida na ocasião, exigiu que ela aguardasse a melhor hora para captar as imagens de mãe e filha. "Ficamos praticamente a tarde toda fazendo essas fotos. Só consegui fazê-las quando a bebê dormiu, relaxou; teve todo um trabalho antes para conseguir", acrescentou, explicando que a escolha por expor em preto e branco tais imagens "reforça o que se quer transmitir: o carinho e as afinidades entre mãe e filho". Paiva não escondeu a satisfação ao conferir os trabalhos que compõem a mostra. Ao se dirigir ao público que compareceu à abertura da exposição, o parlamentar destacou o fato de seu mandato ser um "instrumento", que "se consolida a partir do momento em que atende as demandas sociais". Questionado se, assim como os retratos distribuídos pela sede do Sindban, também fosse tirada uma foto que reproduzisse o atual cenário vivido pela mulher no país, Paiva disse que a imagem "captaria uma diferença de tratamento". "Se fosse tirada do Brasil, eu falaria: "Nossa, como a mulher evoluiu aqui, que chegou até a Presidência da República!" Mas a própria presidente tem uma autocrítica em que diz: "Ainda precisamos de mais políticas públicas de igualdade". E é muito ruim isso, de precisar ter políticas públicas, ter leis! Toda vez que se cria uma lei é porque a sociedade não amadureceu o suficiente para sanar, entre ela mesma, as diferenças de relacionamento para gerar um processo de igualdade", avaliou.
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