17/1/2013 - Piracicaba - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba
Um preso no Brasil custa três vezes mais que um aluno da rede pública. São quase R$ 5 bilhões por ano, aplicados apenas pelo governo federal no sistema prisional, que precisaria ainda de mais R$ 65,3 bilhões para criar as quase 700 mil vagas necessárias para colocar todos os condenados na cadeia, elevando o gasto em mais R$ 7 bilhões anuais.
As informações fazem parte de um levantamento realizado em 2009 pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e, se fossem atualizados, os custos com a manutenção do sistema carcerário no país passariam de R$ 20 bilhões por ano.
Prisões superlotadas, infraestrutura deficitária e número cada vez mais crescente de condenações foram alguns dos principais motivos que desencadearam a realização de um abaixo-assinado que circula pelas redes sociais, em defesa da privatização dos presídios no Brasil.
O documento, que também chegou ao gabinete do vereador Carlos Gomes da Silva (PP), motivou a elaboração de uma moção de apelo ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) para que avalie a possibilidade de acelerar as parcerias público-privada – PPPs e, assim, tentar mudar a realidade carcerária em São Paulo.
O parlamentar ampara suas argumentações em diversas reportagens sobre o tema, que trazem dados relativos a gastos, déficit de vagas nas prisões, e em estudos acadêmicos que sugerem a PPP como alternativa viável para a ressocialização do apenado, a exemplo do que já ocorre no Paraná, Ceará, Rio de Janeiro e Bahia, bem como em países como Austrália, África do Sul, Canadá, Bélgica, Chile e nos Estados Unidos, que possuem unidades carcerárias consideradas modelo para o mundo.
Capitão Gomes defende que os recursos hoje investidos pelo Estado na construção de novas unidades prisionais sejam aplicados na ampliação dos efetivos das polícias Civil e Militar, no plano de carreira dos policiais e ainda no aparelhamento da Polícia Técnico-Científica para melhor investigação dos crimes em nosso Estado. "A violência e a criminalidade não são de responsabilidade apenas do Estado. É legítimo que a sociedade assuma sua parcela", enfatizou.
Se aprovado pelos vereadores, o documento seguirá para o Palácio dos Bandeirantes e poderá integrar o manifesto nacional que será entregue à presidente Dilma Rousseff (PT).
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