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10/4/2013 - Piracicaba - SP

Placas de alerta poderão evitar mortes de animais na Avenida do Monte Alegre




da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba

A colocação de placas de alerta a motoristas que transitam pela Avenida Comendador Pedro Morganti, que dá acesso à região do Monte Alegre poderá minimizar o problema das constantes mortes de animais da fauna silvestre, como quatis, tutus, macacos e capivaras, que semanalmente são atropelados e mortos ao longo desta pista. O alerta deste problema ambiental é defendido pelo advogado Frederico Alberto Hencklain Blaauw, que na manhã desta quarta-feira (10) procurou o gabinete do vereador  Capitão Gomes (PP) para encaminhamento de reivindicações junto ao poder público, bem como acionar a direção da Escola de Agronomia, a Esalq, para solucionar o problema, que também inclui reparos na pista e corte de mato alto que dificulta o tráfego na região.

Morador há mais de dois anos na região do Monte Alegre, Frederico Blaauw enfatiza que o problema de atropelamento de animais silvestres parece fazer parte de todas as rodovias do país, com pequenas exceções, sendo que no caso da Avenida Pedro Morganti, no trecho que liga a Esalq, Aeroporto e conjuntos residenciais como o Residencial Monte Alegre e o bairro Monte Alegre não existem placas alertando o motorista sobre a passagem de animais. Também não existem placas suficientes de alerta sobre limite de velocidade, sendo que o tráfego da região teve aumento em função de novos loteamentos, fábrica de papel, construção de anel viário e acesso à Esalq.

Blaauw demonstra que o problema é uma tragédia silenciosa, da qual a maioria dos piracicabanos nunca ouviu falar, sendo que há poucos anos, uma pesquisa feita pelo biólogo Emerson Vieira, da Universidade de Campinas, estimou em 2.700 o total de animais mortos por ano só nas rodovias federais da região Sudeste.

A consideração é que os projetos das rodovias são traçados de maneira improvisada, sem nenhuma preocupação com a fauna silvestre.

Não há cercas de proteção nem túneis para facilitar o tráfego de animais de um lado para outro. A sinalização é precária e ninguém respeita os limites de velocidade. A Avenida Pedro Morganti corta o Ribeirão Piracicamirim, local onde se concentram animais, que procuram alimento, sombra e água e, constantemente passam de um lado a outro da pista.

O Brasil tem milhares de quilômetros de rodovias que atravessam santuários ecológicos, sendo que em todas elas o atropelamento da fauna é um problema. A estrada é uma armadilha mortal para essa enorme variada fauna, porque atrai os animais antes de matá-los, sem contar o risco à integridade física das pessoas que por alí transitam diariamente.

Alguns desses animais são atraídos para o meio da rodovia em busca de pequenos animais e insetos que também são atropelados pelos automóveis e servem de banquete para seus predadores.

Experiências de outros países no assunto mostram que é possível reverter esta situação. A Alemanha, onde estão as estradas ecologicamente mais corretas do planeta, combina cercas que impedem o acesso dos animais à pista, com viadutos pelos quais eles possam atravessar de um lado a outro, sem ter de enfrentar os carros. Nos Everglades, a imensa área de pântanos ao sul da Flórida, nos EUA, as rodovias de alta velocidade são suspensas nos trechos de maior concentração da fauna. Em outras regiões, vizinhas de parques nacionais, usam-se até aparelhos que emitem ondas ultrassônicas para afastar os animais da rodovia.

Para a nossa realidade, a solução mais simples e barata, adotada no mundo inteiro, é estabelecer limites rigorosos de velocidade e, emplacamento da via pública, alertando o trânsito de animais. São medidas relativamente simples e com um pouco de boa vontade por parte do poder público municipal é possível pôr um fim nessa tragédia e diminuir o risco de danos físicos aos motoristas.

No documento entregue ao vereador Capitão Gomes o advogado Frederico Blaauw também destaca que o bairro Monte Alegre é local histórico e frequentado por aqueles que admiram nossa cultura, porém, não tem recebido a devida atenção do poder público. "Motivo por que contamos com sua valiosa intercessão junto à municipalidade, na intenção de melhor sinalizar a Avenida Comendador Pedro Morganti, seja em relação à fauna local, seja ao limite de velocidade adequado e melhor manutenção asfáltica", disse.

 

 



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