10/9/2014 - Piracicaba - SP

Paiva quer adesão de Piracicaba a programa federal de combate ao crack

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Vereador encaminhará moção de apelo aos responsáveis do governo pela iniciativa

O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) quer que o governo federal inclua Piracicaba no programa Crack, é Possível Vencer, coordenado pelo Ministério da Justiça. Ele encaminhará à presidente Dilma Rousseff e ao assessor especial da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Maurício Sponton Rasi, a moção de apelo 175/2014, aprovada com urgência nesta segunda-feira (8), em reunião ordinária. O parlamentar também apresentou o requerimento 805/2014, questionando a não adesão do Executivo local à iniciativa.

Com três frentes de atuação (prevenção, cuidado e autoridade), o programa integra vários grupos sociais, visando apoio irrestritoem todas as suas necessidades, contribuindo para a redução dos índices de consumo de drogas. A iniciativa é destinada a educadores, profissionais de saúde, assistência social e segurança pública, comunidades terapêuticas, lideranças religiosas e comunitárias, conselheiros municipais, entre outras áreas.

Na avaliação do parlamentar, a droga dizima famílias, destrói vidas e alimenta o comércio de outras drogas ilícitas. Ele cita levantamento realizado em 2013 pela Diretoria Regional da Saúde de Piracicaba, que estima 12 mil os usuários de crack na cidade. De acordo com Paiva, são 45 mil dependentes na região, englobando as 26 cidades pertencentes à diretoria.

O vereador lembra que o município encaminhou para a internação 335 usuários de crack no Centro Bezerra de Menezes, em Rio Claro, entre setembro de 2012 e julho de 2013, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). O problema, diz Paiva, é que o local não é especializado no tratamento de dependentes químicos, e sim um hospital psiquiátrico.

“Levando em consideração o número de usuários versus o número de internações pelo SUS, supomos que há milhares de dependentes apenas em Piracicaba sem tratamento.”

Ainda na moção, Paiva cita notícias de jornais nacionais e locais com histórias de adolescentes viciados em crack e diz que, infelizmente, o município não sinalizou a adesão ao programa, um dos fatores que motivou o apelo aos responsáveis pelo programa federal.

Já o requerimento 805/2014, também votado em urgência nesta segunda-feira, Paiva apresenta quatro questões ao Executivo.

Primeiro ele quer saber se houve a adesão do município e caso a resposta seja positiva, em qual data e quais são as ações realizadas. Diante de uma eventual negativa do poder público, o parlamentar solicita que sejam apresentados os motivos e se ainda assim há a intenção de aderir. Paiva também solicita dados da prefeitura sobre o avanço do crack no município, as medidas de enfrentamento adotadas pelas secretarias locais e os resultados das medidas.