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29/1/2014 - Piracicaba - SP

Paiva apóia movimento contrário à barragem de Santa Maria




da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Vereador espera aprofundar as discussões sobre o empreendimento a partir do início das reuniões ordinárias na semana que vem

Representantes de movimento contrários à barragem de Santa Maria da Serra estiveram na tarde desta quarta-feira, 29, na sede da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), em Piracicaba, para apresentar documentos de contestação a proposta que, segundo eles, trará “inúmeros prejuízos socioambientais”, como disse o médico Valdir Prati, um dos que entregou documento ao órgão estatal. O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) acompanhou o protocolo e destacou que estas ações são conseqüência da organização a partir das audiências públicas sobre o empreendimento. 

As argumentações contrárias baseiam-se em 31 impactos identificados em estudos técnicos pela instalação da barragem. Valdir Prati cita três, “só para ficar naqueles mais evidentes”, justifica. O primeiro é o alagamento do “mini-pantanal” Tanquã, região alagada por conta da construção da barragem de Barra Bonita e que, ao longos dos anos, desenvolveu uma fauna e flora peculiar. “É o único que existe no Estado de São Paulo e, quando falam que a barragem estimulará o turismo, esquecem-se que ela destruirá um dos espaços com maior potencial de exploração turística”, avalia Prati, que freqüenta o Tanquã há cerca de 30 anos. 

Desvinculado de entidades – “venho como cidadão que contesta a obra”, disse – Valdir Prati detalha, ainda, o grave problema social que o empreendimento ocasionará. “Em 1996, já existia a intenção de construí-la, e já previa o impacto em comunidades que vivem à margem do rio, e essa população cresceu bastante, esse problema será ainda maior”, acredita. Além disso, ele detalha que, com a barragem, a qualidade da água, “que já é ruim, classificada em Classe 3”, salienta, ficará ainda pior. “É uma obra inviável”, finaliza. 

Também estiveram na Cetesb para entregar documentos de contestação à construção da barragem representantes das entidades S.O.S. Nova Piracicaba, que argumenta o perigo do alagamento de diversas regiões ao longo do Rio Piracicaba, ampliando ainda mais o problema de enchentes. Já a Sociedade de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba (Sodemap) questiona que o empreendedor e o responsável pelo licenciamento da barragem não podem ser o mesmo ente, neste caso o Governo do Estado de São Paulo. 

O projeto de construção de uma barragem em Santa Maria da Serra, o que tornaria o Rio Piracicaba navegável até o Porto João Alfredo, no Distrito Artemis, é bastante antigo, remonta há pelo menos 30 anos. De tempos em tempos, surgem ações políticas em torno da proposta. “Está cada vez mais claro que a barragem é inviável e deve ser sepultada de uma vez por todas”, avalia Paiva. Ele acredita que, além de contestar, o movimento também apresenta alternativas para melhorar a logística na região. 

“Ao invés de gastar quase R$ 1,5 bilhão nas obras da barragem, é possível apenas ampliar o modal ferroviário em 45 km até o porto mais próximo (Barra Bonita)”, acredita. 

Para o vereador, a sociedade civil organiza está demonstrando que é contra o empreendimento. “Quem defende a barragem não imaginava que um movimento tão forte como este, de contestação à barragem, surgiria de maneira tão forte”, avalia o vereador. Ele disse que, com o início da reunião ordinária, a partir de segunda-feira, 3, ampliará ainda mais o debate sobre a barragem. “Esta discussão precisa ser cada vez mais pública”, diz.



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