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28/3/2013 - Piracicaba - SP

Obras no hospital regional seguem com ritmo normal, sem paralisação




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba

 

No início da manhã desta quarta-feira (27), funcionários que trabalham na construção do construção do Hospital Regional participaram de assembleia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi) para discutir questões salariais. Dos 120 operários, apenas 40 participaram da movimentação. O restante trabalhou normalmente a partir das 7 horas.
 
Após duas horas de discussão, todos os operários voltaram a seus postos de trabalho. O motivo da manifestação é o atraso nos salários de funcionários de duas das seis empresas sub-contratadas pela Tratenge, vencedora do processo licitatório, para executarem serviços específicos: Mont Instale e EAZ.
 
A Mont Instale, responsável pelas instalações elétricas e hidráulicas, conta com 13 trabalhadores. Com dificuldade de contratar mão de obra especializada por falta de demanda no mercado, a empresa se comprometeu a efetuar o pagamento de seus funcionários amanhã (28), na sede do Sinicompi, com a participação dos diretores da Tratenge. Caso o problema se repita, a Tratenge apresenta dois caminhos: passar o montante apenas referente a folha de pagamento do período para, depois que os funcionários receberem os salários, efetuar o pagamento restante; ou então dispensar a empresa e sub-contratar outra.
 
Já a EAZ, que tem seis funcionários, é responsável pelos revestimentos de gesso. A Tratenge agendou uma reunião com a diretoria da empresa para definir o pagamento dos funcionários. Neste caso, já está sendo providenciada a substituição da empresa.

 

“O que pedimos são os salários de fevereiro e o valor referente as rescisões feitas até 5 de abril. Além disso, queremos uma reunião na primeira quinzena de abril com a Tratenge para tratar do reajuste e do Programa de Participação dos Resultados (PPR)”, disse Milton Costa, presidente do Sinticompi. A direção da Tratenge se comprometeu a agendar uma reunião antes mesmo do previsto com o intuito de propor uma solução. “Queremos que a Prefeitura nos ajude a monitorar a situação, que acaba voltando ao Poder Público, que não tem culpa do que está acontecendo”, completou Costa.
 
De acordo com os engenheiros da Semob, um residente (full time na obra) e outro fiscal, a média de funcionários na construção do hospital regional é de 120 operários. Contudo, o número ideal seria 250, marca não alcançada devido a falta de mão de obra disponível no mercado. Dos funcionários locados hoje na obra, apenas 20% são de Piracicaba. Os 80% restantes se dividem até mesmo por outros estados.
 
Mário Dias de Andrade, de 58 anos, é nascido em Peçanha/MG e vive com a família na também mineira Ribeirão das Neves. Pedreiro, contratado pela Tratenge há 8 meses, afirma que nunca teve problemas de atraso de salários: “meu salário nunca atrasou e também nunca fiquei parado na obra por falta de material. Sempre tem alguma coisa para fazer”, disse o operário que trabalha na construção do Bloco I, da administração.

“Estou há 10 meses na obra, nunca tive problema nenhum com a empresa e jamais escutei reclamação de outros funcionários. A história da laje que caiu várias vezes, por exemplo, é pura fantasia, não aconteceu”, garantiu o pedreiro Antonio Elson Pereira Santana, de 45 anos. Morador de Belo Horizonte/MG, o pedreiro também é contratado pela Tratenge.
 
Quanto a responsabilidade que cabe à Semob, além de fiscalizar a obra, o repasse de valores para a empresa Tratenge está em dia. O investimento municipal na obra é de R$ 50.792.190,58. A Prefeitura repassou à Tratenge 83% deste montante. Com os 17% restantes é possível concluir o escopo do contrato. Lembrando que itens como armários/gaveteiros sob pias, por exemplo, não estão inclusos no contrato, uma vez que serão providenciados pela Secretaria de Saúde. O repasse de 83% corresponde ao estágio da obra.
 
A Prefeitura executou a licitação, cuja a empresa vencedora foi a Tratenge. O contrato firmado permite algumas sub-contratações para execução de serviços especializados. A construção do hospital conta com seis empresas sub-contratadas.
 
Andamento das obras
Os trabalhos seguem sem interrupção. Cada bloco está em um estágio. O Hospital-Dia, por exemplo, está na fase de acabamento. A previsão de conclusão das obras civis é para outubro deste ano. 
 
O terreno de 80 mil m², compreendendo 19 mil m² de área construída, vai abrigar 126 novos leitos, destinados aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade e região. A unidade também realizará até 2.000 cirurgias/mês de média e alta complexidade e 700 cirurgias/mês eletivas (não urgentes) que serão atendidas no Hospital Dia.
 
A estrutura é construída já prevendo ampliação de atendimento, com espaço para dobrar a ala de internação e, consequentemente o número de leitos, além de outra que poderá receber um Pronto-Socorro. O local terá três estacionamentos e um heliponto à pedido da Polícia Militar, para agilizar os atendimentos de urgência.
 
O Hospital Regional tem 10 blocos, divididos em Bloco A -  Apoio, Bloco B – Diagnóstico, Bloco C -  Reabilitação, Bloco D -  Hospital Dia, Bloco E – Centro Cirúrgico, Bloco F – UTI, Bloco G – Cuidados Mínimos, Bloco H – Internação, Bloco I – Administrativo e Bloco J – (J1, J2 e J3) -  Apoio e infraestrutura.
  

Estrutura do Hospital Regional

Centro Cirúrgico

Serão oito salas cirúrgicas e dez leitos de recuperação/ repouso pós-operatório.

Capacidade para 2.000 cirurgias/mês de média e alta complexidade.

Centro de Diagnóstico

Terá equipamentos de radiologia, tomografia, ressonância magnética, ultrassom, laboratório de análises.

Administração/ Apoio

Área com serviços de almoxarifado, farmácia, vestiários, cozinha, lavanderia, etc.

Internação

Com 84 leitos gerais divididos em dois blocos de 42 leitos.

Unidades de Terapia Intensiva

Serão 30 leitos para casos críticos e semi-críticos.

Hospital Dia

Três centros cirúrgicos e 12 leitos de repouso. Capacidade de 700 cirurgias/mês.

 

 



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