28/2/2013 - Piracicaba - SP
Nova passarela sobre Rio Piracicaba está unificada
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba
As obras na nova passarela estão bem adiantadas. Nesta semana, os trabalhos estão na concretagem dos últimos metros que irão unir as duas extremidades. Os mastros também estão na última etapa de concretagem. Paralelamente, os operários já iniciaram a construção das rampas de acessibilidade e passeios que ligaram a passarela ao Engenho Central.
Com isso, as pessoas que foram assistir a 24ª edição da Paixão de Cristo de Piracicaba, que acontece entre os dias 24 e 31 de março no Engenho Central, terão mais uma opção para acessar as arquibancadas e assistir ao espetáculo. A Secretaria de Obras (Semob) irá liberar o acesso de pessoas para atravessar o Rio Piracicaba também pela nova passarela. A obra já terá concluída a estrutura física, que inclui o calçamento até o Engenho, iluminação e paisagismo.
A inauguração oficial está prevista para antes da 30ª Festa das Nações, com a finalização dos acessos para cadeirantes. Até lá, o acesso de pessoas com dificuldades motoras continua pela ponte pênsil e Mirante.
A nova ligação entre a avenida Beira Rio e o Engenho Central tem 152m, com largura para pedestres de 4,2m, perfil em curva leve e suave e mastro de 35m de altura em cada margem, com inclinação de 30º. Sua forma aparente tem 3.740m², sem pilares intermediários. Para chegar nesse resultado, foram utilizados 833m³ de concreto, 104 toneladas de aço CA-50 A e mais 9.600 kg de aço 190RB (cordoalhas). Os 16 estais de cada lado, totalizando 32, são os responsáveis pela passarela se auto sustentar.
O trabalho foi preciso. A medida que a laje crescia 6m para o centro da passarela, os mastros subiam 4m. Este processo ocorreu simultaneamente nas duas margens do rio. Para o encontro no centro do rio, cálculos minuciosos foram feitos para que não houvesse diferença e as lajes encaixem perfeitamente. “O lançamento do concreto se torna algo meticuloso. Em volumes elevados, o controle aumenta, pois há uma reação química em que as temperaturas são elevadas e se a cura não for bem executada a estrutura perderá água, diminuindo de tamanho (retração), causando fissuras. Por isso o lançamento teve de ser combinado inclusive com condições climáticas favoráveis”, afirmou Arthur Ribeiro, secretário de Obras.
A grande novidade é a tecnologia, de origem francesa, implantada na passarela com materiais nacionais. Para o sistema de ancoragem, é utilizado um conjunto de ancoragem ativa de estai. Este conjunto permite a regulagem milimétrica, feita por meio de macaco hidráulico e cálculos específicos, de acordo com a necessidade. É possível tensionar os estais, aumentando ou diminuindo a carga de acordo com o peso sobre a passarela ou ação do vento. A variação de temperatura também pode exigir ajustes nos estais. “Cada estai suporta até 130 toneladas. Está previsto no projeto uma carga de 33 toneladas, assim temos uma grande margem, o que proporciona maior segurança para todos”, explicou o engenheiro Joaquim Freitas, da empresa Prepron, responsável pelo sistema de protensão.
“Outro benefício desta tecnologia é a fácil manutenção e, por consequência, baixos custos posteriores a construção. A inspeção e manutenção será feita por dentro dos mastros, que serão ocos. Além disso, a opção por utilizar materiais nacionais, além de valorizar o mercado interno, reduz o tempo da obra, uma vez que os importados chegam no porto de Santos e demoram para obter a liberação”, detalhou o engenheiro da Semob, Rafael Ciriaco de Camargo. “Este método empregado é inovador e sofisticado. No Brasil não existem obras deste tamanho com essa tecnologia”, concluiu.