16/5/2013 - Piracicaba - SP

NEPEP recebe Moção de Aplausos

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Foi realizada na tarde desta quarta-feira (15/05), na Universidade Metodista de Piracicaba, solenidade em homenagem aos 30 anos de atuação do Núcleo de Estudos e Programas em Educação Popular (NEPEP), ocasião em que recebeu Moção de Aplausos do vereador Paulo Camolesi (PV), representando pelo assessor parlamentar Antonio Oswaldo Storel.

Desde sua fundação  em 1983, pelo o então reitor da UNIMEP, professor Elias Boaventura, assumiu um compromisso social que visa o acesso, especialmente das populações historicamente excluídas, aos direitos fundamentais para uma vida digna.

O Núcleo trabalhou com a denominação ACTA até 1993, quando passou por uma reformulação e foi denominado de Núcleo de Estudos e Programas em Educação Popular, mais condizente com a atuação em projetos de extensão na perspectiva da educação popular, inspirados pelas concepções freireanas.

Desde sua fundação participou de todos os programas e campanhas, implantados pelo governo federal nas mais diversas regiões do país, com destaque para a região Norte e Nordeste, tendo trabalhado no Programa Alfabetização Solidária em municípios dos estados do Acre, da Bahia, do Espírito Santo, de Goiás e do Piauí.

O NEPEP atua no Projeto Grandes Centros Urbanos com mais de 30 salas de Educação de Jovens e Adultos em Piracicaba e em cidades vizinhas como Charqueada, Saltinho, Rio das Pedras e Santa Bárbara do Oeste.

É marcante a atuação do Núcleo na área da habitação popular, especialmente nas décadas de 80 e 90, com a assessoria a famílias de baixa renda e Associação dos Favelados. Na ocasião, o trabalho foi imprescindível para que as famílias não fossem expulsas de suas casas e para que houvesse transferência de algumas famílias para locais em que houvesse condições de vida digna e segurança.

De novembro de 2005 a dezembro de 2008 o NEPEP desenvolveu o Programa de Melhoria do Relacionamento entre a Câmara de Vereadores de Piracicaba e a sociedade civil, realizando curso de  formação de lideranças populares em escolas e centros comunitários.

Como fruto do trabalho do NEPEP na educação de jovens e adultos em muitos estados brasileiros, a universidade foi selecionada para atuar em Moçambique, na África, participando da formação de 250 professores moçambicanos e no acompanhamento e avaliação de cerca de 5000 educandos.

Este projeto premiado nacional e internacionalmente rendeu a coordenadora do projeto pela UNIMEP uma condecoração com a comenda da ordem do Rio Branco, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido em Moçambique. Tal projeto envolvia o governo brasileiro e o moçambicano e por meio deste foi estabelecido uma sólida parceria da UNIMEP com a Universidade Pedagógica de Moçambique.

O Núcleo de Estudos e Programas em Educação Popular – NEPEP têm desenvolvido projetos de extensão universitária na perspectiva da Educação Popular, realizados em parceria com comunidades, movimentos sociais, organizações não governamentais, conselhos, associações e diferentes esferas do poder público, estabelecendo sempre um diálogo profícuo entre o saber acadêmico e o saber produzido pelas comunidades.

Pautados nos princípios da Educação Popular e nas concepções do educador Paulo Freire, reafirmam que “ensinar exige disponibilidade para o diálogo” e por meio deste busca intervir no mundo, reconhecendo que a realidade só poderá ser alterada por aqueles que vivem e sentem a necessidade de mudanças.

O desafio do NEPEP é realizar o trabalho através de uma dinâmica que permita a consolidação da identidade de cada grupo, para que as comunidades possam organizar-se de modo a assumir o protagonismo em todos os seus projetos.

Suas  atuações nos projetos de extensão se reconhecem políticas, a serviço da comunidade visando a superação da condição histórica a que a maioria da população empobrecida foi submetida.

Nos últimos dez anos o NEPEP contou com mais de 500 estudantes em inúmeros projetos de extensão universitária. Estes estudantes produziram um acervo em que demonstram a aprendizagem que acumularam ao assumirem o desafio do diálogo com comunidades e o quanto esta experiência contribui em sua formação, não apenas no âmbito profissional ou pessoal, mas no posicionamento político nas mais diversas situações.