11/3/2014 - Piracicaba - SP
da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
Campanha teve início na Escola Antônio Pinto de Almeida Ferraz, no Caxambú
A campanha de prevenção ao câncer de colo de útero começou nesta segunda-feira, 10, em todo o país. As pré-adolescentes entre 11 e 13 anos são o público-alvo da primeira etapa, que contempla vacinas o contra o HPV, vírus do papiloma humano causador da doença. O lançamento em Piracicaba aconteceu no bairro Caxambú, na Escola Estadual Doutor Antônio Pinto de Almeida Ferraz (Apaf), e foi acompanhado pelo vereador Ronaldo Moschini da Silva (PPS), que é médico ginecologista.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas durante a relação sexual, assim como da mãe para o bebê na hora do parto. Ele pode permanecer no organismo por vários anos, sem que a pessoa perceba. É o principal causador do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, segundo o Ministério da Saúde. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem por causa da doença.
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que a eficácia da vacina é de 98%. O método é usado como estratégia de saúde pública em 51 países. O trabalho realizado em todo o país surgiu após a mobilização de Moschini com representantes nas esferas estadual e nacional. Em abril do ano passado, o parlamentar apresentou a moção 66/2013, para a implantação gratuita, no município, do programa de vacinação. “Houve a ideia que a prefeitura comprasse um lote da vacina no laboratório Merck Sharp & Dohme. O prefeito ficou sensibilizado, mas o custo operacional e a logística seria de R$ 350 por dose, em média”, explicou Moschini.
A mobilização ganhou corpo quando o parlamentar fez contato com a deputada estadual Ana Perugini (PT) e com a senadora amazonense Vanessa Grazziotin (PCdoB). Depois disso, Moschini encaminhou nova moção de apelo, direcionada ao Ministério da Saúde e à presidência da República para a inclusão da vacina no calendário nacional. A produção da vacina ocorreu a partir de parceria do Governo Federal com a Merck Sharp e Instituto Butantan.
Moschini alertou que a vacina não pode ser entendida como única forma de prevenção. Além do uso do preservativo, é recomendado exame preventivo. “De todas as meninas com até 18 anos que tiveram relação sexual, 60% já tiveram contato com o HPV. Algumas não desenvolvem o vírus, não apresentaram infecção ou o surgimento de verrugas, mas a vacina continua sendo importante.”
CRONOGRAMA – Esta é a primeira de três doses da vacina, que segue até 10 de abril. A próxima etapa está programada para setembro e a última daqui cinco anos. Em 2015 devem ser contemplados o público entre 9 e 11 anos e, em 2016, as meninas que completam 9 anos. Com isso, o Brasil, em apenas dois anos, protegerá a faixa etária (meninas de 9 a 13 anos) que melhor se beneficia da proteção da vacina.
Para o lançamento da campanha na Apaf, a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou 20 profissionais, que iniciaram as ações no período da manhã. O trabalho segue até 10 de abril com agendamentos em escolas estaduais e privadas, mas a vacina está disponível também em todas as unidades de Atenção Básica (UBSs, PSFs e CRABs). A meta é atingir 80% do público-alvo, o equivalente a 6.976 adolescentes no município.
A cidade conta com 59 unidades sob responsabilidade da Diretoria Regional de Ensino, das quais 50 possuem alunos com a faixa etária da campanha. Segundo o dirigente Fábio Negreiros, perto de 10% tem entre 11 e 13 anos. “A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo realizou videoconferências para alertar os professores sobre as ações. O nosso papel é mobilizar as escolas e deixar as crianças preparadas para aumentar a adesão”, disse Negreiros, que esteve na Apaf para acompanhar a vacinação, além do secretário Pedro Mello (Saúde) e de Moisés Taglietta, diretor de Vigilância em Saúde.
De acordo com a diretora Lília Maria Cardoso Esquierro, a unidade escolar do Jardim Caxambú conta com aproximadamente 800 alunos, dos quais 300 possuem entre 11 e 13 anos. Ela elogiou a receptividade dos pais à campanha, que contribuíram de forma favorável na autorização para a aplicação da vacina. “Nós fizemos um trabalho de conscientização com os estudantes, passamos em todas as salas e apontamos os aspectos positivos.”
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