30/4/2014 - Piracicaba - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba
Voltado para bailarinos pré-profissionais e profissionais, além de professores, jornalistas e fotógrafos de dança, o 1° Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança acontece entre os dias 29 de abril e 03 de maio, na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo, noEngenho Central (Av. Maurice Allain, 454). Todas as atividades são gratuitas mediante inscrição e seleção. O evento também arca com alojamento e alimentação dos selecionados.
"O Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança busca ser um espaço de arte, de troca de ideias, de movimento e de encontros. É também um tempo para conhecer um pouco mais de perto parte da realidade do ensino e aprendizagem da dança no Brasil. O Ateliê faz parte das atividades educativas e de formação de plateia da São Paulo e dá continuidade de forma complementar ao 1º Seminário Internacional de Dança que ocorreu no ano passado. Dia 29 de abril é o Dia Internacional da dança e o dia de início do Ateliê, é um convite para comemorarmos esse dia com o que mais gostamos de fazer: dançar e de muitas formas", afirma Inês Bogéa, diretora artística da SPCD
O Ateliê dá continuidade às atividades de produção, difusão e sustentação da dança cênica e promove um estudo teórico-prático de técnicas de dança (clássica e contemporânea) e de métodos de formação do bailarino dos dias de hoje, buscando dar acesso a técnicas e práticas corporais com mestres de renome nacional e internacional.
A secretária municipal da Ação Cultural de Piracicaba, Rosângela Camolese, ressalta que a objetivo é a de estabelecer políticas públicas que contemplem as áreas da cultura. No que se refere à dança, ela destaca a criação da Cedan (Companhia Estável de Dança) para a formação teórica e prática de corpo de baile amador e permanente, além do programa Piraprodança e das parcerias com a São Paulo Companhia de Dança.
“Nosso objetivo é possibilitar uma formação ampla, que privilegie diferentes áreas do saber. O intuito é aproximar alunos e educadores, possibilitando o crescimento dos bailarinos por meio da troca de experiências e aulas práticas. E o 1° Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança vai de encontro a esse objetivo”, afirma Rosângela.
Durante cinco dias os participantes se dividirão em quatro grupos distintos para aulas de Balé Clássico, Improvisação e Composição, Dança Contemporânea, História da Dança do Brasil, História da Dança do Ocidente. Todos participarão de processos coreográficos assinados por importantes coreógrafos do Brasil e exterior. Durante o dia as atividades ocorrem nas salas de ensaio e nas noites nos palcos. Dias 29 e 30 de abril, às 20h30 a SPCD apresenta obras de seu repertório, dia 1º de maio, a Cedan (Companhia Estável de Dança de Piracicaba), sobe aos palcos, ambos no Teatro Erotídes de Campos. No dia 3, os alunos apresentam os processos coreográficos desenvolvidos nesses dias. Os espetáculos tem mediação de Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança.
Os professores ouvintes tem uma programação especial. Além de acompanharem as aulas participam de conversas sobre dança clássica, contemporânea, metodologia e criação mediadas por Marcela Benvegnu, coordenadora de Educativo, Memória e Comunicação da SPCD e convidados. Os jornalistas e fotógrafos selecionados tem o acompanhamento de um orientador e produzem um material especialmente para o blog do Ateliê e para o Jornal de Piracicaba.
Soma-se as apresentações noturnas, o Espetáculo Aberto Para Estudantes e Terceira Idade, que acontece no dia 30 (quarta-feira), às 15h, também no Teatro Erotídes de Campos. Nesta ação, o público estabelece um contato geral com o universo da dança: assiste a coreografias e trechos de obras do repertório da SPCD e recebe um material didático com ilustrações assinadas por cartunistas brasileiros. Durante a atividade, Inês Bogéa sobe ao palco para mediar brincadeiras com os alunos, trazendo a dança para uma linguagem lúdica e divertida A atividade é gratuita.
Dentre as personalidades do cenário da dança nacional e internacional que participam do 1º Ateliê Internacional SPCD estão:
PROFESSORES E ORIENTADORES | Dimitri Magitov, professor de balé da John Cranko Scholl (Stuttgart, Alemanha); Hilary Cartwright, professora convidada do The Juilliard School (Nova York, Estados Unidos); Ludmila Sinelnikova, professora de dança clássica da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (Rússia/Brasil); Luiz Fernando Bongiovanni, professor, coreógrafo e diretor do Núcleo de Pesquisa Mercearia de Ideias (Brasil); Paulo Caldas, diretor e coreógrafo da Staccatto Cia. de Dança (Brasil); Miriam Druwe, professora, coreógrafa e diretora artística da Cia. Druw (Brasil); Vera Aragão, professora do curso de Dança do Centro Universitário da Cidade – UniverCidade (Brasil); Tíndaro Silvano, professor e coreógrafo, desenvolve criações para companhias nacionais e internacionais (Brasil); Ana Terra, professora do curso de graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi (Brasil); Henrique Rochelle, pesquisador e teórico de dança (Brasil), Eleni Destro, Codiretora da revista Corre! (Brasil) e Wilian Aguiar, fotógrafo especializado em dança (Brasil).
COREÓGRAFOS | Allan Falieri, bailarino, coreógrafo e professor convidado em festivais de dança no Brasil e exterior (Madrid/Brasil); Clébio Oliveira, bailarino, coreógrafo e professor de dança contemporânea (Berlim/Brasil); Daniela Cardim, assistente de direção, professora, ensaiadora e coreógrafa do New English Ballet Theatre (Londres); Eric Frederic, maître do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Bélgica/Brasil); Erika Novachi, professora e coreógrafa, diretora residente do Galpão 1 Cia. de Dança (Brasil); Samuel Kavalerski bailarino e coreógrafo, assistente de coreografia do projeto MOV_OLA (Brasil); Beatriz de Almeida, professora, coreógrafa e diretora do Estúdio de Dança Beatriz de Almeida (Brasil) e Jorge Teixeira, diretor artístico da Cia. Brasileira de Ballet e diretor-fundador do Conservatório Brasileiro de Dança (Brasil).
Acessibilidade
Desde 2013, a São Paulo Companhia de Dança utiliza o recurso de audiodiscrição - modo que transmite ao público cego, por meio de fones de ouvido, informações sobre cenário, figurino e, principalmente, os movimentos dos bailarinos – em suas apresentações por espaços públicos do interior e da capital de São Paulo.
Neste ano, com o objetivo de viabilizar a implantação de mais recursos de acessibilidade comunicacional, a SPCD, promove amplia o programa. A tecnologia avançada do aplicativoWhatscine transmite para smartphones e tablets os recursos de audiodescrição, interpretação em LIBRAS e subtitulação, permitindo às pessoas com deficiência entrar em contato com a experiência da dança.
“A SPCD vai disponibilizar um serviço inédito. Pela primeira vez uma companhia de dança terá todos os seus espetáculos acessíveis. Isso será possível graças à tecnologia inovadora do Whatscine, mas, sobretudo, ao trabalho de intensa colaboração que caracteriza o nosso trabalho” afirma Luis Mauch, coordenador geral da Mais Diferenças, que realizará os trabalhos com a SPCD.
A elaboração destes roteiros acessíveis para espetáculos de dança requer profundo estudo do profissional que os traduzem para uma linguagem visual. Assim, fichas técnicas, cenários, figurinos, bem como ensaios técnicos são observados e estudados para que o espectador com deficiência visual e auditivo receba a descrição do espetáculo com a maior riqueza de detalhes possível para que o público possa se emocionar em cada apresentação.
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
direção artística | Inês Bogéa
Criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança é dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. Ao longo desse período já foi assistida por um público superior a 340 mil pessoas em seis diferentes países, passando por aproximadamente 60 cidades, em mais de 390 apresentações.
A Companhia apresenta um repertório variado, que vai do clássico ao contemporâneo. Em 2014 sua marca de inovação e tradição se mantém com seis novas estreias. Entre as obras inéditas está a remontagem de La Sylphide (1836), de Augustine Bournonville(1805-1879), pelo argentino Mario Galizzi – um marco do balé romântico visto no corpo dos bailarinos de hoje. O coreógrafo também remontará o clássico dos clássicos: O Grand Pas de Deux de O Cisne Negro (1876) de Marius Petipa e Le Spectre de La Rose (1911) deMichel Fokine, em um balé clássico moderno. A SPCD ainda fará uma criação internacional inédita assinada pelo renomado coreógrafo Édouard Lock, com música original de Gavin Bryars, uma reinterpretação das Quatro Estações de Vivaldi e a remontagem de workwithinwork, de Wiliam Forsythe. Na terceira edição do Ateliê de Coreógrafos Brasileirosa SPCD tem estreia das criações dos jovens Rafael Gomes e Cassilene Abranches. Além das apresentações em cidades do interior do Estado de São Paulo em 2014, a São Paulo Companhia de Dança vai circular por capitais brasileiras e por países como Alemanha, Áustria, Chile, Itália e Israel.
A dança tem muitas histórias, e para revelar um pouco delas a Companhia criou a série de documentários Figuras da Dança que traz para você essa arte contada por quem a viveu. A série conta hoje com 26 episódios e, ao final de 2014, completará 30 títulos lançados. Este ano você poderá conhecer as carreiras de Paulo Pederneiras, Eliana Caminada, Jair Moares e Mara Borba. A SPCD também produz a série de documentários Canteiro de Obrase livros de ensaios.
Os Programas Educativos e de Formação de Plateia para a Dança, outra vertente de ação da SPCD, vem no movimento da Companhia – a cada cidade por onde nos apresentamos encontramos pessoas que apreciam e praticam a arte da dança. Na Palestra Para os Educadores temos a oportunidade de diálogo sobre os bastidores dessa arte; nas Oficinas de Dança, um encontro para vivenciar o cotidiano dos bailarinos da SPCD e no Espetáculo Aberto para Estudantes e Terceira Idade a proposta é de ver, ouvir e perceber o mundo da dança e por meio do Dança em Rede, uma enciclopédia de dança online disponível no site da Companhia, mapeamos a dança de cada cidade por onde a SCPD passa.
A SPCD busca uma conexão com a plateia pela paixão, curiosidade e percepção do mundo da dança em movimento. A Companhia é um lugar de encontro dos mais diversos artistas – como coreógrafos, iluminadores, fotógrafos, professores convidados, remontadores, escritores, artistas plásticos, cartunistas, músicos, figurinistas e outros – para que se possa pensar um projeto brasileiro de dança.
sAIBA MAIS SOBRE AS OBRAS
Grand Pas de Deux de O Cisne Negro (2014)
Coreografia: Mario Galizzi a partir do original de Marius Petipa (1818-1910)
Música: Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1983)
Luz : Guilherme Paterno
Duração: 10 min com 2 bailarinos
Este duo marca o encontro do príncipe Siegfried com Odile, o Cisne Negro. Filha do feiticeiro Rothbart, ela deseja encantar o príncipe para que ele quebre sua jura de amor eterno a Odete, o Cisne Branco, durante um baile. Para enganá-lo, Odile sutilmente alterna sensualidade e doçura, e deixa transparecer toda sua maldade. Este é um dos grandes momentos do terceiro ato deste balé, um dos mais conhecidos do mundo.
Remontador | O argentino Mario Galizzi é formado pela Escola de Dança do Teatro Colón, onde posteriormente atuou como diretor e assessor artístico. Também dirigiu o Teatro Argentino de La Plata. Na década de 70 foi bailarino do Ballet de Hannover e do Ballet de Frankfurt, na Alemanha. Sua trajetória é marcada pelo trabalho de formação de grandes bailarinos, como Julio Bocca, Herman Cornejo, e Paloma Herrera. Atualmente é maître e remontador de obras clássicas de balé.
Gnawa (2005)
Coreógrafo: Nacho Duato
Música: Hassan Hakmoun, Adam Rudolph, Juan Alberto Arteche, Javier Paxariño, Rabih Abou-Khalil, Velez, Kusur e Sarkissian
Figurinos: Luis Devota e Modesto Lomba
Iluminação: Nicolás Fischtel
Remontagem: Hilde Koch e Tony Fabre
Organização e produção original: Carlos Iturrioz Mediart Producciones SL (Spain)
Estreia mundial: 2005, Hubbard Street Dance Chicago, Chicago
Estreia pela SPCD: 2009, São Paulo
Duração: 21 minutos com 14 bailarino
Gnawa é uma peça que utiliza os quatro elementos fundamentais: água, terra, fogo e ar para tratar da relação do ser humano com o universo. Está presente na obra o reiterado interesse de Nacho Duato pela gravidade e pelo uso do solo na constituição de sua dança. Esse interesse se renova no tom ritualístico que envolve o transe musical que conduz a (e é conduzido pela) movimentação dos corpos na cena. Duato se inspirou na natureza valenciana, cercada de mar e sol, e em aromas, cores e sabores mediterrâneos para criar a coreografia. Os gnawas constituem uma confraria mística adepta do islamismo, descendentes de ex-escravos e comerciantes do sul e do centro da África, que se instalaram ao longo dos séculos no norte daquele continente.
Coreógrafo | Nacho Duato é um dos mais renomados coreógrafos da atualidade. Ele começou os estudos de dança aos 18 anos e fez parte do elenco de grandes companhias do mundo, como a Nederlands Dans Theater (Holanda) e o Ballet Cullberg (Suécia). Durante 20 anos, foi diretor da Compañía Nacional de Danza. Também dirigiu o Teatro Mayakovsky (Rússia) e, em agosto de 2014, assumirá a direção do Staatsballett de Berlim (Alemanha). Duato se destaca por mesclar em seus trabalhos o velho e o novo – ou seja, a tradição e a atualidade.
Grand Pas de Deux de Dom Quixote (1869)
Coreografia: Marius Petipa (1818-1910)
Música: Leon Minkus (1826-1917)
Figurinos: Tânia Agra
Iluminação: Wagner Freire
Estreia mundial: 1869
Estreia pela SPCD: 2012, Goiânia
Duração: 10 minutos com 2 bailarinos
O Grand Pas de Deux de Dom Quixote é o momento do casamento de Kitri e Basílio, personagens principais dessa obra. Dançado pelo mundo todo, esse duo representa um grande desafio para os intérpretes não só pela qualidade técnica, mas também pela interpretação. Coreografado por Marius Petipa, o balé Dom Quixote é baseado num capítulo da famosa obra de Miguel de Cervantes, que narra as aventuras do barbeiro Basílio e seu amor por Kitri, a filha do taberneiro. O cavaleiro Quixote se apaixona por Kitri, confundindo-a com Dulcinéia, seu amor. Após aventurar-se pelo mundo em batalhas imaginárias contra ventos e moinhos, no último ato o protagonista celebra ao lado de seu fiel escudeiro Sancho Pança o casamento entre os dois apaixonados.
Coreógrafo | O francês Marius Petipa é um dos grandes nomes da dança clássica e foi responsável pela popularização do balé russo. Além de Dom Quixote, que estreou em 1869 pelo Ballet Imperial no Teatro Bolshoi, em Moscou, coreografou Paquita (1846), La Bayadère (1877), A Bela Adormecida (1890), Raymonda (1970) e mais de 70 outras obra.
Bachiana Nº 1 (2012)
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: Bachianas Brasileiras N° 1, de Heitor Villa- Lobos (1887-1959)
Execução: Violoncelistas da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) com participação especial de Antonio Meneses e regência de Roberto Minczuk (gravação selo BIS, 2003)
Iluminação: Gabriel Pederneiras
Figurinos: Maria Luiza Malheiros Magalhães
Assistente de coreografia: Ana Paula Cançado
Duração: 20 minutos com 15 bailarinos
Inspirado pela Bachianas Brasileiras N° 1, de Heitor Villa-Lobos, Rodrigo Pederneiras criou Bachiana N° 1, peça em que a dança responde à estrutura íntima da música. A coreografia, dividida em três movimentos, evidencia a brasilidade, o romantismo e a paixão do nosso povo. Os violoncelos que se sucedem a cada parte da música traduzem o gesto em si, e dessa afinação entre som e movimento surge a obra, que ganha acentos particulares no corpo de cada intérprete. Em Bachiana N° 1 a versatilidade dos bailarinos traz novas ênfases à linguagem de Pederneiras.
Coreógrafo | Rodrigo Pederneiras nasceu em Belo Horizonte, cidade onde o Grupo Corpo, do qual é coreógrafo residente, fez história na dança brasileira. As coreografias de Rodrigo, como Missa do Orfanato !989), 21 (1992), Nazareth (1993), Bach (1996), Lecuona (2004), Breu (2007), Imã (2009) e Sem Mim (2011), entr outras, têm sempre profunda ligação com a música. Já coreografou para companhias como o Ballet do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Ballet do Teatro Guaíra, a Deutsche Oper Berlin (Alemanha), o Ballet Gulbenkian (Portugal), Les Ballets Jazz de Montréal (Canadá), o Stadttheater St. Gallen (Suíça) e Opéra du Rhin (França)
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